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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Cinema

Decidida a ir ao cinema levar Julinha para assistir ao filme da Xuxa (o Mistério de Feiurinha), grande clássico do cinema mundial (mentira) não imaginaria o que estaria por vir.

Ir ao cinema nas férias escolares e sair de casa em cima da hora para assistir ao filme é como jogar a sorte ao vento e esperar que qualquer militante da AL - Qaeda a pegue.

Pra começar, se você estiver atrasado em São Gonçalo: Não saia de casa ou então pegue um táxi. Jamais pegue uma van ou um ônibus da viação Estrela. Este é uma passagem comprada para o além (mas com volta e cheia de suor e estresse). Agora com essa escassez de emprego, os ônibus de São Gonçalo, a grande maioria, possuem apenas o motorista (que faz o papel do trocador), portanto o coitado ainda tem que se ligar no trânsito e no troco do passageiro estressado. Pois bem, em cada parada de ônibus, o motorista, demorava no mínimo uns 15 minutos. E eu cada vez mais desesperada, fiz vergonha aos que estavam ao meu lado (Julinha, Hevelyn e Alê). Comecei a dizer “bora motorista” (como se isso resolvesse). E o Alê olhando pra mim com cara de “tá louca” abaixa a cabeça e ri.

Mas-essa–viagem-sacolejante não era a primeira e única cilada do dia. A fila gigantesca para o cinema me fez pensar que “só uma louca como eu tem a coragem de sair de casa às 15h30min para assistir a sessão das 17h". Não daria tempo, claro, a viagem de terror dentro do ônibus Estrela e as paradas demoradas nos pontos, me renderam mais ou menos uma hora de viagem.

No meio do caminho decidimos assistir Alvin e os Esquilos, mas estava esgotado e nos restou apenas o filme da Xuxa (rainha dos baixinhos e de pais de saco cheio dela) para a sessão das 19h (leia-se que no momento da compra dos ingressos eram 16:30h, ou seja, ficaria até as 19h no shopping apenas para assistir ao filme da loira Meneguel). Fiz cara de triste, fiz cara de “meu Deus”, mas Julinha irredutível disse: “Quero assistir ao filme da Xuxa mãaaae, por favor,”. E eu após 15 minutos no guichê, quase sendo arrancada pelos que estavam na fila, resolvo comprar os ingressos e me conformar com o longo passeio no shopping.

Lembrei que o Alê tinha que trocar uma camisa na C&A (presente de amigo oculto, sim, amigo oculto) tive a brilhante idéia de ir à loja para acharmos outra camisa para ele. Mas com a revolução feminina onde as mulheres se igualam aos homens em vários aspectos, os homens nessa nova era, encontram-se mais vaidosos. Alexandre Braga além de rodar a C&A toda vendo o que lhe agrada (ou seja, nada), sai da loja com as mãos abanando dizendo procurar algo melhor depois.

Resta-nos agora andar mais um pouquinho para que a hora passe. E nesse caso, resolvemos lanchar. O problema é que éramos quatro e cada um com um gosto. As duas crianças, Hevelyn e Júlia escolhem os lanches pelo brinquedo e não pela comida (o que me deixou muito perplexa). A Hevelyn queria ir no Mc Donalds porque o brinquedo era melhor. A Júlia queria ir ao Burguer King, porque tinha um cavalinho de pelúcia que ela gostou. Eu queria comer frutos do mar e o Alexandre queria matar a fome, ou seja, queria o maior hambúrguer possível.

Dividimos-nos: Eu fui para fila do Mc Donalds com a Hevelyn e Alê foi para fila do Burguer King com a Júlia. E eu, muito na inocência, troquei códigos com Alê dizendo: “pede pra mim o que você pedir pra vc, tá?”. Eu só não imaginava o que ele pediria para ele, né? Eu simplesmente comi um hambúrguer tão grande, mas tão grande que mal conseguia morder e pensei comigo mesma: “é a última vez que peço para alguém do tamanho do Alexandre pedir um lanche para mim”.

Enfim, chegando a hora do cinema. Tive que assistir a rainha por uma hora e meia. Foi até legal, seria mais legal se eu tivesse a idade da Júlia (5 anos), aí sim, até choraria com a musiquinha no final.

Semana quem vem tem mais. Agora com Alvin e os Esquilos. Desejem-me sorte.